domingo, 23 de janeiro de 2011

A Lua e a Luneta

Desde pequena a Luneta buscava um significado para sua existência, pobre Luneta, pobre Luneta. A Luneta era popular,  todos a amavam porque ela estava na moda.
Certo dia, dona Luneta olhou para o céu, LINDO DIA, a lente de dona Luneta brilhou e ela quis cair de amor por tal brilho que ensolarou sua mente fazendo-a quebrar...
Pobre luneta, pobre luneta, o sol sumiu deixando-a triste, mas ela sabia que um dia ele iria embora, ele se foi, ele se foi...
Dona Luneta caiu, ela caiu e suas lentes choraram a perca de um futuro planejado, choraram a perca de uma ilusão jovem e feita de doce de leite.
Asteriscos, asteriscos maíusculos e minúsculo circularam a mente de dona Luneta, dona Luneta acordou e olhou para o céu, ela viu um novo azul, um azul guiado de bolotas amarelas, bolotas, bolotas. Dona Luneta acordou com vagalumes distantes invadindo seu mundo, ela descobriu que antes aquela estrela maior, só porque era maior e mais iluminada, não podia significar que era tudo.
Certo dia, Dona Luneta percebeu que o medo de ter um satélite não era mais tão assustador, o satélite pertencia a luneta, e a Lua cheirava a queijo, dona Lua não gostava do seu cheiro, mas dona Luneta só pensava nele.
No fim da história, Dona Luneta chorou, pois a Lua cansou, cansou de esperar um em vão sem vão nem beira. Dona Lua sumiu sem estrelas, sem mares, levando o queijo e o doce de leite. Onde estás Dona Lua? Dona Luneta ainda a ama, ainda espera por uma esperança, a esperança de quem um dia apagará a lembrança.


To her.

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