segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Bad things

Ela gosta de escrever sobre a vida, mas a vida lhe odeia. O que ela quer fazer? O que a vida quer fazer com ela? Por que a minha mãe não me abraça com o olhar de inocência?
Me diz, mas me diz agora, por que ela gosta tanto de seus lamentos, sofridos, amados bandidos? Por que o jogo temido diz que ama e a mal trata amando, odiado ficando em tal lamento que mesmo assim aguento a cada choro em ombros alheios?
Perguntas fajutas confusas malucas sem esperança de um amanhã temido pra mim, perdidos pra ti, normal pra uns tus, felizes pra uns vós e sem futuro para nós.
A complexidade besteira que me deixa a inteira metade, tal fraude muda o acaso agora ela chora pro amanhã, pedindo a ele uma chance de um novo tentar. Mas os dramas jogados pra fora na janela da frente sem dente do ônibus esquerdo malvado sentado longe de mim. Por que queres assim?





To her.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Heartless

Quando alguém a chama para sair, ela chora.
Quando alguém diz que a ama, ela não fica surpresa.

Um dia será ela amada? Um dia seu coração estará aberto para uma tal ave que saiba corresponder as suas cartas? Não queremos saber sobre seus dias de fraquesa, não queremos saber se estais bem ou mal, queremos apenas saber se um dia serás amada, se um dia amará.
Enquanto o oco permanecer morrerais, chorarais, irás fazer chorar e morrer. Não ame se não amar, não chore se não for capaz de chorar, pare agora de respirar e chute qualquer um. Chute os outros na mesma intensidade que queira ser chutado, ninguém quer ser chutado, apenas ela. O que ela   quer da vida?

És um peixe pequeno demais para esse grande oceano, pequena.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Lua e a Luneta

Desde pequena a Luneta buscava um significado para sua existência, pobre Luneta, pobre Luneta. A Luneta era popular,  todos a amavam porque ela estava na moda.
Certo dia, dona Luneta olhou para o céu, LINDO DIA, a lente de dona Luneta brilhou e ela quis cair de amor por tal brilho que ensolarou sua mente fazendo-a quebrar...
Pobre luneta, pobre luneta, o sol sumiu deixando-a triste, mas ela sabia que um dia ele iria embora, ele se foi, ele se foi...
Dona Luneta caiu, ela caiu e suas lentes choraram a perca de um futuro planejado, choraram a perca de uma ilusão jovem e feita de doce de leite.
Asteriscos, asteriscos maíusculos e minúsculo circularam a mente de dona Luneta, dona Luneta acordou e olhou para o céu, ela viu um novo azul, um azul guiado de bolotas amarelas, bolotas, bolotas. Dona Luneta acordou com vagalumes distantes invadindo seu mundo, ela descobriu que antes aquela estrela maior, só porque era maior e mais iluminada, não podia significar que era tudo.
Certo dia, Dona Luneta percebeu que o medo de ter um satélite não era mais tão assustador, o satélite pertencia a luneta, e a Lua cheirava a queijo, dona Lua não gostava do seu cheiro, mas dona Luneta só pensava nele.
No fim da história, Dona Luneta chorou, pois a Lua cansou, cansou de esperar um em vão sem vão nem beira. Dona Lua sumiu sem estrelas, sem mares, levando o queijo e o doce de leite. Onde estás Dona Lua? Dona Luneta ainda a ama, ainda espera por uma esperança, a esperança de quem um dia apagará a lembrança.


To her.

She will be loved (I guess)

Abstinência, ela não sabe o que é isso, nem eu. As pessoas cercam todos ao mesmo tempo, as pessoas não enxergam a si, as pessoas não gostam dela. Metáforas tomadas de frutas sem sementes. Hoje ela quer fazer o mundo mudar, hoje a minha revolução começa com http, por quê?
As abstinências de alguém chegam em um coração distante e doído, ela toma a dor como coca, ela não gosta mais de coca, ela gosta é de pensar que é amada por três castanhas que na verdade são danças de salão, ela está deslizando e não aprendendo, ela quer ir, mas está chovendo.
 



To her, you're my coke.